Ela caminha em ritmo
lento, envolvida num quotidiano ordinário. Disfarça os seus pensamentos insaciáveis
com um olhar sufocante, a sua respiração dizima os seus medos e cobre-a com uma
liberdade extraordinária.
Diariamente, é devorada por olhos de homens engravatados e com estilo de vida insignificante, ela atravessa o meu caminho e apazigua a minha meditação com o seu sorriso bandido.
Diariamente, é devorada por olhos de homens engravatados e com estilo de vida insignificante, ela atravessa o meu caminho e apazigua a minha meditação com o seu sorriso bandido.
Invade o meu espaço, sem
pestanejar, e me faz ansiar por um beijo e um toque que escasseia frieza. À
minha frente, contemplo a silhueta daquela mulher de cabelos negros e roupa
justa, o seu olhar é vago e denota tranquilidade. Desejos absurdos sobrepõem a
razão, nada mais tem importância se não a luxúria que os nossos corpos
carregam.
Não sei medir o tempo
exacto do nosso contacto, mas ainda consigo sentir o tamanho dos seus seios,
não eram grandes mas eram firmes, a sua carne nua e a sua pele arrepiada. Nossos
beijos eram longos, lentos, profundos, rápidos, ligeiros e arrojados.
À medida que o apetite
subia a minha língua descia; da sua boca à virilha. Ela pressionava a minha
nuca contra o seu sexo, me fazendo provar o seu mel que se misturava com a
minha saliva.
Entre o medo pelo proibido e a doce excitação, as minhas convicções eram reforçadas e me faziam continuar.
Entre o medo pelo proibido e a doce excitação, as minhas convicções eram reforçadas e me faziam continuar.
Respirei sobre a sua
cintura, beijei os seus joelhos; meus dedos entravam e saiam ao som agressivo
da sua respiração, compondo melodias clássicas em nome do prazer e os seus
gemidos eram música para mim. Entre as suas pernas, afastei os lábios vaginais
e deixei o seu clitóris à mostra. Os meus lábios quentes chupavam a sua vagina
e a minha língua circulava pelo seu clitóris, os seus gemidos eram cada vez
mais intensos; nunca pensei proporcionar tanto prazer a uma mulher.
Cada toque despertava
mais do seu libido. Antecedendo o clímax, revestida de malícia e sem pressa
abusei do seu corpo até que suplicasse para parar e de si jorrar um néctar.
Antes de ser interrompida pela realidade, imprimi o meu pudor no íntimo da sua alma e gravei a minha ânsia no seu coração.
Antes de ser interrompida pela realidade, imprimi o meu pudor no íntimo da sua alma e gravei a minha ânsia no seu coração.
Por: Rosema Matias
Espectacular, ao ler consegue-se projectar esse acontecimento e uma narração bem real vem à tona. Parabéns
ResponderEliminarIntenso.
ResponderEliminarAté encarnei no texto...
Parabéns.