quarta-feira, 1 de julho de 2015

Submissive


"Mulheres, sujeitem-se a seus maridos, como ao Senhor,
pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo 
é a cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o  Salvador.
Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as
mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos."
(Efésios 5: 22-24)

Nestes termos foi construído meu casamento, com a bênção da igreja e da sociedade. Estas palavras me foram repetidas em casa, todas nós as ouvíamos e repetíamos em uníssono. A minha mãe tinha orgulho de estar a edificar uma legião de mulheres com razões para se submeter à seus homens.

Dizer que meu casamento não foi por amor, seria mais uma das mentiras ditas nestes anos de dor e permanentes sentimentos de desistência. Dizer que não me sinto protegida e amada pelo meu marido, seria mentira maior. Sou amada, em termos e condições que vocês mais novas não compreendem mas ainda assim é amor.
Cheguei longe, não apenas em termos cronológicos, estes 15 anos foram um caminho longo de tolerância, entendimento e submissão. Foram tempos de resguardo da própria opinião, de obediência e de redenção. Fui o corpo, a cabeça de Lucas sempre definiu a satisfação das minhas vontades, sempre ditou o significado de cada vez que pedia para parar.

A minha intenção era a aceitação, e a tive. A família dele me admira por continuar do lado dele. Desde o primeiro ano que supero suas expectativas. Não acreditam que alguém suporte o filho de sua casa como o faço; sou uma mulher forte por segurar nas costas seus fracassos e inglórias. Sou a que tudo suporta e tudo espera.
As zangas do meu homem não precisam ter razão se ser, o desconforto com o trabalho ou o simples atraso do jantar lhe enruga o rosto, a minha atenção e entrega, lhe devolvem os sorrisos. Como corpo, eu acompanho os comandos da cabeça. Alimento seu corpo e sua mente, mesmo que isso signifique tirar de mim para oferecer-lhe. Ele indica o caminho, eu me entrego à caminhada.
Porque eu o amo, o compreendo. A sua verdade é a minha; Paz e concórdia são alicerces que seguram nosso lar.

Aprendi com ele, como meu primeiro homem, que a mulher é propriedade do homem, e, o homem é pertença de si mesmo.
A minha submissão é a minha beleza. A satisfação do meu homem é minha missão.
Lucas foi a minha salvação emocional e financeira. Ele me deu a aprovação que buscava, uma alma a qual doar meus dias e meus maiores esforços. Ele foi quem aceitou as minhas crises, meus tropeços e minhas falhas. Devo-lhe muito, devo-lhe tudo aquilo que sou.
Quando não sabia para onde  ir ele me deu uma casa e o direito de a transformar em lar, quando percebi que o tempo estava a passar e meu futuro teimava em permanecer escuro, ele foi a luz, a promessa e a comodidade. 
A nossa felicidade existe em cada gesto e acção pois ele compreende que a resposta ao respeito é o amor. A resposta à submissão, é o cuidado.
Ele providência o melhor, dá o sangue pelo conforto de sua mulher e suas crianças. Mais do que seguir o que aprendi desde cedo, a minha submissão significa gratidão.

"Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo 
amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela. (...)
Da mesma forma, os maridos devem amar as suas  mulheres
 como a seus próprios corpos.  Quem ama sua mulher, ama a si mesmo.
Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio Corpo,
 antes o alimenta e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja, 
pois somos membros do seu corpo."
(Efésios 5: 25,27-30)

E assim ele o faz.

Por: Leocádia Valoi

10 comentários:

  1. É um texto simplesmente emocionante. De uma perfeição de arrepiar

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  2. Sem comentários sobre texto Léo, parabéns, está muito bem escrito. Parabéns pelo novo visual do blog também.

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    1. Muito Agradecido Juno. Por mim e pela Rose.
      É bom te ter aqui :)

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  3. Caçula. Sempre me surpreendes positivamente e me provas que tua mente não tem limites quando se trata de pensar e escrever. Mostraste o outro lado da submissão ao nosso homem. Parabéns.

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    1. Sempre muito querida minha Edna :), Obrigada pela visita e pelas palavras calorosas

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  4. Wow. Simple and very touchy, congrats. The talent? U got it

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  5. Muito didáctico. Este é um texto que várias mulheres deveriam ler e perceber a mensagem rica que traz

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