Amar-te me foge à compreensão, me foge ao entendimento e me escapa à lucidez.
Fico embriagada de prazer só de sentir tua presença diante da minha, escapo à overdoses de felicidade toda vez que te oiço dizer que me amas.
O teu amor alimenta meu corpo melhor que qualquer prato, viveria só de amor se me fosse permitido. Mas delicio-me ao sabor da tua compreensão, teu afecto e teu bom humor.
Trazes em ti um menu completo no qual escolho provar tudo, a qualidade em ti é grande que me nego o direito à escolher qualidades em detrimento de defeitos, quero tudo, quero-te completo.
Se pudesse fazer poesia, diria que os campos floridos não exalam aroma melhor que do teu corpo, as mais belas músicas não têm a melodia e o encanto da tua voz a chamar-me tua ou a divagar sobre a imensidão do universo e a relatividade das emoções.
Se te pudesse recitar poesia, escolheria as sobre a beleza na realidade, no presente e naquilo que a vida tem hoje e agora.
Transformaria o ritmo dos nossos corpos suados em música para embalar teu sono, transformaria a nossa sintonia em melodia para cantar ao teu ouvido. Te iria embebedar em palavras de amor, soprar-te-ia os suspiros de felicidade passada, presente e futura.
Se te pudesse levar à uma festa, te traria à celebração que meu coração faz a cada vez que timidamente o teu corpo encosta no meu, chamaria-te a festejar a simples alegria de saber que existes em minha vida.
Te amar é-me involuntário.
Se alguma vez te perguntaste a razão dos meus sorrisos constantes, eis que te respondo:
- É a minha alma a expressar, do seu modo mais verdadeiro, que não resiste aos encantos da tua.
Por: Leocádia Valoi
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